sábado, 29 de outubro de 2011

Concepções do Desenvolvimento Humano


         As pesquisas da Psicologia com relação ao desenvolvimento humano referem-se às mudanças ocorridas nos seres humanos entre a concepção e a morte. Envolve uma série de aspectos diferentes como físicos, pessoais, sociais e cognitivos. Muito se tem estudado acerca das concepções do desenvolvimento humano e as abordagens teóricas sobre o assunto variam de autor para autor.
            O desenvolvimento humano acontece na totalidade, mas didaticamente, encontramos  três aspectos que fazem parte das diferentes correntes psicológicas que estudam essa questão. A primeira teoria é a Inatista, que defende o conhecimento como uma capacidade inata do ser humano, independente da educação que o sujeito recebe; a segunda teoria é a Construtivista que diz que o conhecimento é o resultado de uma construção, que leva em conta o desenvolvimento do indivíduo; a terceira teoria é a Interacionista, onde faz o posicionamento de que a aprendizagem acompanha a formação de homens e mulheres, se relacionando diretamente com a interação social dos indivíduos.
Para o médico, psicólogo e filósofo Henri Wallon (1879-1962), que foi o primeiro a analisar as emoções da criança no âmbito escolar, a afetividade, o movimento, a inteligência e a formação do “eu” como pessoa, são aspectos muito importantes no desenvolvimento.     Na visão do psicanalista Erik Erikson (1902-1994), o desenvolvimento do indivíduo se concretiza nas suas necessidades emocionais com o ambiente social, que denominou de teoria psicossocial do desenvolvimento; enfatiza a construção do “eu”, da identidade e as relações com os outros e que todo o ser humano possui necessidades básicas idênticas, o que varia é a forma de como a sociedade satisfaz essas necessidades.
A teoria do psicólogo norte-americano Carl Rogers (1902-1987), é de uma terapia não-diretiva, centrada no cliente. Desenvolveu técnicas de aconselhamento para despertar o lado positivo do crescimento. Ao direcionar sua teoria para a educação, relatou que a eficácia da construção do conhecimento depende da qualidade da interação entre professor e aluno; que a afetividade é o motor da aprendizagem.
            Em seus estudos, cada autor trouxe benefícios no que concerne ao desenvolvimento humano e a educação. Cada abordagem  teórica sintetiza o pensamento e a realidade estudada, pois cada indivíduo é um ser único, dotado de características distintas mas que depende de outros para a construção de sua identidade, do seu “eu”. Dependem do ambiente onde está inserido, da cultura, das redes sociais.
Na educação, o encontro pedagógico deve possibilitar ao educando esse desenvolvimento, essa transformação, na construção constante   do conhecimento.

Texto apresentado na disciplina de Psicologia da Educação, 3º semestre, Graduação de Espanhol, UFPEL. Julho/ 2010.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

El derecho al delirio

Ciências Sociais

Sou formada em Ciências Sociais, pela Urcamp de Caçapava do Sul. O que abrange as Ciências Sociais? 
Ciências Sociais é o ramo da ciência que estuda os aspectos sociais do mundo, ou seja, a vida social dos indivíduos e grupos humanos. Inclui a  Antropologia, Estudos da Comunicação, Economia, Administração, Arqueologia, Contabilidade, Geografia Humana, História, Linguística, Ciência Política, Estatística, Psicologia Social, Direito e Sociologia.
Este vídeo do escritor e jornalista uruguaio Eduardo Galeano, engloba os aspectos sociais do mundo, o ser humano, seus sonhos e utopias.

sábado, 22 de outubro de 2011

Como a criança pensa

Oi pessoal.
Achei muito interessante esta reportagem da Nova Escola de set/2011, do médico, psicólogo, filósofo e educador francês Henri Wallon, que nos mostra o conceito de sincretismo e como os pequenos mesclam realidade e imaginação. Wallon diz que o termo sincretismo se refere à principal característica do pensamento da criança: a ausência de diferenciação entre os elementos - as informações que ela recebe do meio, as experiências pessoais e as fantasias se misturam. O sincretismo corresponde a um momento da evolução do pensamento humano e possui uma lógica própria, diferente daquela observada na fase adulta, que é marcada pela categorização.
Ao conversar com crianças pequenas, é comum ouvir frases curiosas. Se você pergunta, por exemplo, por que a Lua aparece à noite, uma responde que "ela queria estar sempre de dia, mas brigou com o Sol", outra diz que "as estrelas resolveram quem ficava de dia e quem ficava de noite" e assim por diante. Esse jeito de pensar, que  por vezes parece não ter lógica para os  mais crescidos, é chamado de pensamento sincrético e é natural da infância.
Sincretizar quer dizer reunir, e é isso que os pequenos fazem - ao tentar explicar as coisas, eles misturam realidade e fantasia sem distinção. Embaralham todas as ideias em um mesmo plano e veem o mundo de forma global e generalizada.
O que se quer dizer é que se precisa oferecer condições para que a  criança exerça seu pensamento e sua expressão e possa evoluir. Quanto mais repertório ela adquirir e quanto mais puder experimentar situações diversas e confrontar o que pensa com pessoas que tem bagagem cultural diferentes (sejam outras crianças, pais, professores ou outras fontes), mais chances há de caminhar para a diferenciação. É na solução de confrontos que a inteligência evolui.
( ler o texto na íntegra, revista Nova Escola, set/2011)